Gênero: Romance/Terror
Classificação: Maiores de 12 anos
Capítulos: (Sem Definição)
Bloody Night
Hoje, como em um dia comum, desde meu primeiro ano renascido como filho da noite, por natural caminhei pelo cemitério que mais parecia um circo, com aqueles humanos vulneráveis e tão fragilizados que pensam ser os maiorais do escuro, observando-os senti ódio, prefiria claramente a parte em que seriam obrigados a implorar por suas vidas, estando desesperados a ponto de pensar que um monstro teria compaixão e os pouparia. Idiotas! Também adoraria o final, vendo seus corpos ficando vazios a medida que o meu se fortalecia. Pensei, vagando despreocupadamente no meu lugar favorito para um jantar. Um banquete delicioso de vidas autodestrutivas. De vez em quando, bate-me uma fraqueza humana. A saudade. É uma estupidez deplorável lembrar-se daquela insuportável passagem por esse mundo de forma física fraca e inútil, mas não mais me incomodo com esse sentimento. O desejo de beber da vida dos outros me cai perfeitamente bem, nos meus princípios de rei. Dono da noite de luar.
Capítulo 1 Como você fez isso ?
Saí do meu sótão empoeirado despreocupadamente, e atravessei a enorme janela com uma habilidade um tanto comum para alguém como eu. Um bebedor de sangue miserável ou um assassino amaldiçoado como chamam por ai os vampiros. Eu estava me preparando para mais um ataque a humanos na estrada para o parque central, quando ouvi uma conversa interessante.
-Sabia que os vampiros existem? Perguntou a garotinha de cabelos negros. A moça mais alta ao seu lado tremia da cabeça aos pés, e maravilhei-me ao sentir o cheiro exalante direto de seu coração pulsante.
-Deixa disso Emily! Onde você ouviu essa história?
-O tio Tedy me falou de todos os contos sinistros dessa cidade. Respondeu a garotinha com desdém.
-Chega de falar essas bobagens, ou digo a mamãe que você ainda faz xixi na cama! Ameaçou a moça alta.
-Não, por favor! Ela implorou já em prantos.
A moça alta caminhava em passos muito acelerados para uma simples mortal, e sua acompanhante cantarolava uma música de ninar sem esboçar medo em caminhar á luz do luar. Foquei-me no pescoço gracioso da moça alta. Eu deslizava de árvore em árvore como um morcego silencioso, e pronto para meu ataque fatal. Se existisse um coração palpitante em mim, estaria incomodando-me de tanta excitação pelo desejo naquele momento. Meus caninos brancos estavam expostos em um sorriso cruel e indecifrável e meus olhos seguiam-nas sem piscadelas. Tudo pronto para mais um simples abatimento. Duas tacadas em uma só jogada. Mergulhei num só lampejo de vento em direção ao meu jantar; derrubei a moça alta e bonita com facilidade e não houve reação da mesma. O pavor provavelmente a deixou imóvel, impossibilitada de sofrer qualquer reação, por mais estúpida que fosse, e por segundos tive certa pena disso. Enquanto me deliciava com o sangue dela, que não resistira a minha força, a garotinha corria em direção ao portão de um cemitério próximo. Desesperada mais de certa forma não estava tão surpresa quanto outras vitimas. Provavelmente por causa de sua teoria sobre vampiros. Imaginei. Queria pega-lá também, pois ainda tinha muita sede e o cheiro do seu medo me intrigava como todos os outros. Mais uma surpresa! Uma sensação diferente. Não fazia parte de mim, eu tinha certeza, mas era algo inesperado, como chuva em um deserto. Senti compaixão por aquela garotinha, quase pena, seu rosto meigo quase me dava vontade de faze-lá parar de gritar.
Isso era tolice obviamente. Um sentimento que não me pertencia. Proibido! Pensei outra vez, então ela parou de chorar, virou-se e me olhou novamente. Eu não esperava por isso, e parei também, sem entender o porquê. Seus olhos tomaram uma cor branca e o óbvio se expandira dentro de mim.
Fiquei calmo e a observei, parecia inteligente e ao mesmo tempo insensata. Balancei a cabeça de leve uma vez, com um extinto feroz e violento, parecido com um animal que não possui
nenhum controle. Então esperei por sua reação, pois cedo ou tarde talvez ela morreria. Sem explicação, eu era incomparavelmente mais forte do que ela, segundos a mais não teria muita diferença e era como um beco sem saída. Ela não tinha muitas escolhas, se corresse ou ficasse ali mesmo.
Enfim reagiu, sua expressão era de êxtase e fiquei curioso e ansioso por suas palavras...
- Então era mesmo verdade! Como pode ser assim? Nunca descoberto!
Foi então que percebi algo muito diferente nela além de seus olhos brancos. Claro que eu estava confuso com a reação daquela criança, e seu medo de um predador desprezível como eu se esvaíra de uma hora para outra.
Por alguns instantes não tive como responder à sua curiosidade, eu estava absorto com meus pensamentos a seu respeito. Eu a observava com profundo interesse em conhecê-la e saber de sua origem. De fato ela não era um vampiro ou algo parecido com isso, mas havia mais do que simples e inútil humana em seu corpo pequeno e aparentemente fraco.
-O que é você criança? Posso saber? Perguntei finalmente.
-Eu gostaria, antes de qualquer coisa, que você respondesse-me uma questão...
Ela simplesmente despertara em mim algo de inteira curiosidade, e não perderia a oportunidade de conhecê-la.
-Sim.
-Como faz para não ser descoberto? Eu já o vi antes caçando por aqui, mas não sei se fui a única.
-Sou muito discreto com minhas matanças criança. À propósito, você tem nome?
-Sou Emily Bronks, moro nas proximidades. E qual é o seu nome? Dissera-me Emily sorrindo.
-Vincentt Devella.
-Posso te chamar de Vince? Ela balançava com as mãozinhas seu vestido rosado.
-Como quiser, mas acho que não dirá meu nome por muito tempo.
Eu estava temendo o que viria a seguir, e desejava acabar com aquela criança o mais rápido possível, antes que viessem procurá-la. Eu não estava disposto a arriscar meu exílio, pois provavelmente me caçariam até o inferno se vissem meu rosto. Admirei-me em perceber que ela não estava preocupada com nada, e em seu rosto não havia nem sinal de pavor, e ela não se preocupara em verificar se sua irmã ainda vivia. Claro que essa possibilidade não existia, uma vez que o corpo da moça alta não apresentava sinais de vida, e nem sangue.
-Agora você pode responder à minha pergunta Emily? Ou prefere que eu a faça descansar? (matá-la de vez)
-Ah sim, se quer saber, não sou humana.
Ela sentou-se na grama morta do pequeno cemitério e ficara me observando. Sua cabeça estava meio inclinada, como se fizesse uma comparação entre nós dois.
-E não está com medo de mim? Cruzei os braços, esperando a resposta dela.
-Não tenho medo de nada. Sou indiferente ao medo, à dor física.
-Como pode não sentir medo, sendo que a pouco eu a vi gritar e choramingar? Eu estava confuso outra vez.
-Eu fingi tudo.
Ela soltou uma gargalhada aguda que me impressionou. Lembrei-me vagamente de quando eu era jovenzinho, aparentando quase a mesma idade de Emily (que tivesse talvez uns oito ou nove anos, no máximo); recordei-me de meu pai que se orgulhava de mim por ter as notas mais altas da escola e ser responsável desde novo. Aquela pequena criatura começou a mexer com o meu passado humano de uma forma desconhecida e importunante demais.
-Fingiu por quê?
-Para que Anice acreditasse que eu sentia medo, ora! Se ela sobrevivesse à seu ataque, com toda a certeza ela ficaria com medo de mim, se soubesse quem eu realmente sou.
-Ela não era sua irmã? Indaguei.
-Não exatamente. Eu fui criada pela mãe dela Soraya, que me encontrou abandonada neste mesmo cemitério. Ela não me disse como me encontrou, mas eu já sabia.
-Isso faz muito tempo pequena?
-Sim. Ela me encontrou quando eu ainda era recém-nascida!A voz de Emily soava como arcanjos em louvor.
-E como pode se lembrar disso? Eu duvidava que qualquer coisa daquela criança fosse normal.
-Ninguém acredita nos chamados Anfitriões do Submundo, e têm muitas pessoas que nos comparam a meros vampiros.
"Somos a parte insignificante de um ser-humano, mas depois de algum tempo percebi que essa teoria é ridícula, pois somos muito mais fortes e inteligentes. Nossas habilidades naturais superam a obviedade da ciência, claro que posso me lembrar de tudo desde quando eu estava no ventre de minha mãe, pois tenho habilidades em telepatia, mas também sugo todas as lembranças ruins das pessoas, é como me alimento. Mas se pensa que sou má, está
completamente enganado; mesmo sendo diferente de seres humanos, tenho um coração
de carne e sangue vivo e já pude experimentar no amor humano."
Era de impressionar o relato de Emily; eu nunca antes ouvira falar em Anfitriões do Submundo. Aquela menina era fascinante e tão inteligente, que todo o meu desejo de matá-la, por mínimo que fosse não existia mais em mim. De repente senti-me ligado a ela.
-Muito interessante a sua histórinha pequena, mas como ninguém desconfiou de sua original forma? Eu a instiguei a continuar relatando-me tudo nos mínimos detalhes. Eu estava admirado com tudo aquilo.
-Assim como você, sou muito discreta com minhas refeições e na verdade eu nunca precisei me locomover muito longe para encontrar comida, minha mãe e irmã eram perturbadas demais com suas lembranças malígnas do passado, então eu as fazia esquecer do que realmente era ruim em suas vidas.
-Isso faz muito tempo pequena?
-Sim. Ela me encontrou quando eu ainda era recém-nascida!A voz de Emily soava como arcanjos em louvor.
-E como pode se lembrar disso? Eu duvidava que qualquer coisa daquela criança fosse normal.
-Ninguém acredita nos chamados Anfitriões do Submundo, e têm muitas pessoas que nos comparam a meros vampiros.
"Somos a parte insignificante de um ser-humano, mas depois de algum tempo percebi que essa teoria é ridícula, pois somos muito mais fortes e inteligentes. Nossas habilidades naturais superam a obviedade da ciência, claro que posso me lembrar de tudo desde quando eu estava no ventre de minha mãe, pois tenho habilidades em telepatia, mas também sugo todas as lembranças ruins das pessoas, é como me alimento. Mas se pensa que sou má, está
completamente enganado; mesmo sendo diferente de seres humanos, tenho um coração
de carne e sangue vivo e já pude experimentar no amor humano."
Era de impressionar o relato de Emily; eu nunca antes ouvira falar em Anfitriões do Submundo. Aquela menina era fascinante e tão inteligente, que todo o meu desejo de matá-la, por mínimo que fosse não existia mais em mim. De repente senti-me ligado a ela.
-Muito interessante a sua histórinha pequena, mas como ninguém desconfiou de sua original forma? Eu a instiguei a continuar relatando-me tudo nos mínimos detalhes. Eu estava admirado com tudo aquilo.
-Assim como você, sou muito discreta com minhas refeições e na verdade eu nunca precisei me locomover muito longe para encontrar comida, minha mãe e irmã eram perturbadas demais com suas lembranças malígnas do passado, então eu as fazia esquecer do que realmente era ruim em suas vidas.
-Perturbadas? perguntei.
-Sim. Minha mãe biológica e minha irmã sofriam muito, e acredito que ainda sofrem hoje em dia por conta de meu pai. Tenho até certo ódio em mencionar que aquele homem asqueroso é meu verdadeiro pai... -Emily deu uma pausa pensativa e depois continuou. – Ele fez muito mal as duas. Coitadas.
-Mas que tipo de mal ele fazia à sua mãe e sua irmã? –estava ficando curioso com a história daquela garota, tão pequena e ao mesmo tempo tão sábia.
-Ele era um maldito alcoólatra, batia muito em minha mãe e em minha irmã. Perdoei facilmente minha mãe por ter me abandonado porque sei que ela só fez isso para me livrar daquele homem. Mas eu poderia ter ficado e ajudado as duas já que tenho poderes, mas minha mãe nunca soube disso. Sonho em um dia poder encontrá-las e tirá-las das mãos sujas daquele homem desprezível.
-Realmente, você está conseguindo fazer o que eu achava impossível. Você está me deixando comovido com toda essa história e acho que poderíamos nos unir e assim achar sua mãe e sua irmã. Será difícil me conter para não me alimentar das duas, mas acredito que você irá me ajudar. Vamos fazer uma troca de favores, eu te ajudo a encontrar a sua mãe e sua irmã, e você me ajuda a ser um alguém melhor.
-Sonho em um dia encontrá-las para lhes poupar de tanto sofrimento.
Isso me pareceu diferente me senti tentado a participar ;Um desafio. Pensei.
no final seria um prazer matá-lo, se Emily permitisse é claro. Eu tinha minhas duvidas
ela era boa demais por não ser humana, aliás ela suga pensamentos ruins,
Faria isso comigo também?
De certa forma ela me atraia de alguma maneira, uma verdadeira anormalidade!
- Talvez eu possa... ( Comecei com cuidado observando suas expressões ) ajudar. Sou ótimo rastreador.
Emily sorriu desconfiada .
- Hmm .. Não sei bem. Teria que pensar em muitas explicações para mamãe.
E você certamente me pediria algo em troca, sendo assim o que ganharia com isso ?
- Vejo então que devo propor algo. Uma troca de favores, seria conveniente.
- Continue. Ela me incentivou.
- Outro como eu, chama-se Yan, ele tem o que eu preciso. Esperei até que ela me respondesse.
- O que é ?. Foi só o que saiu de seus lábios .
- Ele me fez algo que jamais poderei esquecer. Sei o que sou, e não nego ; mas
ele .. Nem sei como consegue enganar assim tão bem !
- Então é uma vingança ! Ela concluiu.
- Não sei se chamaria assim. talvez vingança e justiça andem juntos !
- Se vocês dois são tão ruins quando me parece. Não imagino o que ele possa
ter feito a você ! Mas não sei se gostaria de saber; pois não vejo em que posso
ajudar.
- Sou assim graças ao que ele me fez. Falei com gelo em minha voz. E o breve
segundo de silencio me incomodou profundamente. Como pensei que Emily seria capaz
de se juntar a mim? com o rosto tão meigo. E eu um monstro ! Ela era como todos .
e começou a se preucupar quando viu minha expressão mudar.
- Algum problema com isso ?
-Nenhum. Estou pensando em ajudar você, mas quero que me convença! Eu a observei com um olhar traiçoeiro e deliciado com aquilo que seria uma mera vingança.
Toda a meiguiçe daquela criança era encoberta por um ódio devastador, e me admirava que pudesse ser capaz de carregar um fardo difícil assim como eu.
-E o que quer que eu faça para convencê-lo a me ajudar? Você não faz idéia de como necessito disso, e além do mais - Ela recuperou o fôlego e prosseguiu. - Não conheço nenhum outro sobrenatural tão sensível quanto você Vince.
-Sensível? Eu? Acho que te falta um pouco mais de juízo e medo criança.
Eu sorri como nunca havia sorrido em vida, e muito menos em morte eterna. Ela me observava como se eu fosse algum salvador ou milagreiro bondoso, e não entendia por quê não havia receio sobre mim naquela menininha.
- Algum problema com isso ?
-Nenhum. Estou pensando em ajudar você, mas quero que me convença! Eu a observei com um olhar traiçoeiro e deliciado com aquilo que seria uma mera vingança.
Toda a meiguiçe daquela criança era encoberta por um ódio devastador, e me admirava que pudesse ser capaz de carregar um fardo difícil assim como eu.
-E o que quer que eu faça para convencê-lo a me ajudar? Você não faz idéia de como necessito disso, e além do mais - Ela recuperou o fôlego e prosseguiu. - Não conheço nenhum outro sobrenatural tão sensível quanto você Vince.
-Sensível? Eu? Acho que te falta um pouco mais de juízo e medo criança.
Eu sorri como nunca havia sorrido em vida, e muito menos em morte eterna. Ela me observava como se eu fosse algum salvador ou milagreiro bondoso, e não entendia por quê não havia receio sobre mim naquela menininha.